terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Liberdade?!



Qual seria o preço da liberdade? E realmente até onde somos realmente livres? Se você está ou era preso a algo, ou a alguém isso será que era ruim ou será que não era bom?
A liberdade ela é questionável, nem sempre o que associamos a liberdade é realmente ser livre! O que seria estar livre? Ás vezes usamos termos de que estamos livres de tal pessoa ou situação, vamos para longe, lugares e momentos e dizemos como é bom a sensação de liberdade! Mas será que isso realmente é ser livre? E aquilo que você diz estar preso, será que realmente é um "Senhor" sobre você como na época da escravidão?

As situações que nos cercam, e pessoas que estão ao redor e que nós dizemos que nos escravizam, e de repente você se escapa de tudo e diz estar livre!?... na verdade o tempo faz comparação e te mostra que aquilo/ ou aquele alguém, que parecia uma escravidão sem volta, era onde você queria estar "preso" para sempre, é engraçado, mas quando percebemos nos tornamos "escravos" a ponto de largamos "essa tal liberdade", pois olhamos e sentimos falta daquela situação, do modo, do jeito, e você não se sente livre sozinho, mas precisa de tudo aquilo ou aquele alguém para poder voar...

Na verdade a única coisa que te escraviza é sua mente, não são as pessoas, nem situações, mas exclusivamente seus pensamentos, SUA MENTE tem esse poder...
As pessoas e situações que hoje você sente falta e se vê "livre", na verdade só eram um grande impulso para você sair voando, elas funcionam como asas... não queira se livrar delas, você pode acabar se machucando!
E agora você olha e diz: "o que é que eu vou fazer com essa TAL LIBERDADE"...








Só nisso está a verdadeira liberdade: Ser escravo dum homem é duro, mas ser escravo de si próprio é pior ainda...
Se desejas tanto a liberdade e a felicidade, não vês que ambas estão dentro de ti? Pensas que a tens e a terás. Age como se fossem tuas e serão!

Thalita Pertuzatti - Negue




Negue se for capaz!...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Retirado do livro as "As Crônicas de Margarida"

Interessante:


Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a fazer.
E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se ouça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade.
Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer: aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e orar a Deus que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que a vontade de mudar é sempre mais forte, que o destino e as circunstâncias se encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação...
Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito. Somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor.

Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo a baixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda-fora,... atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo.
Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio, paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando
o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.
Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer, "ou reviver da melhor forma.""